O Monte do Pilar, devido à sua envolvência florestal, foi o local escolhido para uma série de actividades pedagógicas de conservação e protecção da floresta. O Encontro, realizado em parceria com a Câmara Municipal, contará com a presença de cerca de 400 elementos, entre alunos e professores, das escolas da rede PROSEPE do distrito do Porto.
O Encontro PROSEPE - Projecto de Sensibilização e Educação Florestal da População Escolar - vai decorrer no dia 23 de Abril próximo e concentrará todos os Clubes da Floresta do Distrito do Porto, no Monte do Pilar, em Penamaior.
Entre as várias actividades pedagógicas está prevista uma caminhada, durante a qual se fará uma recolha do lixo existente ao longo do trajecto, o habitual pic-nic e vários jogos tradicionais.
O PROSEPE, Projecto de Sensibilização e Educação Florestal da População Escolar é um projecto de liberdade e de vivência, levado a efeito por espíritos jovens, voluntários e voluntariosos, de professores e alunos dedicados a causas nobres, com espírito de missão e empenhados na conservação e preservação da floresta.
O principal objectivo do projecto é formar cidadãos conscientes, quer em termos de problemática ambiental em geral, quer do ambiente florestal em particular e sobretudo, das questões ligadas à preservação e defesa da floresta contra incêndios florestais, responsabilizando todos pelo futuro da floresta
No Encontro estarão representadas entidades como a SUMA, AMBISOUSA, GNR/GIPS, ASSOCIAÇÃO FLORESTAL VALE DO SOUSA e Bombeiros, todas elas com um espaço dedicado à formação/sensibilização para todos os presentes.
Com o objectivo de dinamizar este evento a Câmara Municipal de Paços de Ferreira disponibilizará transporte para os alunos do Clube da Floresta da Escola EB 2,3 Dr. Manuel Pinto Vasconcelos, material para a recolha selectiva durante a caminhada, promoção das actividades lúdicas/ pedagógicas e toda a logística do projecto.
28/04/2010
25/04/2010
ESCOLA SECUNDÁRIA VAI LEVAR A EFEITO O PROJECTO “DRIVE IN ART”
16/04/2010
CINECLUB 16 ABRIL
Arena
Realização/argumento: João Salaviza
Produtor: François d’Artemare e Maria João Mayer
Ano: 2009
Género: Curta-Metragem, Drama
Duração: 15’
Prémios:
Festival IndieLisboa, Portugal (2009) – Melhor Curta Nacional
Festival de Cannes, França (2009) – Palma de Ouro
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Taking Woodstock
De: Ang Lee
Com: Henry Goodman, Edward Hibbert, Imelda Staunton
Género: Comédia, Musical
Classificacao: M/16
EUA, 2009, Cores, 110 min.
A abrir a sessão, "Arena", curta-metragem de João Salaviza (http://www.myspace.com/joaosalaviza) centrada em Mauro, um rapaz que vive em prisão domiciliária, confinado a um espaço e ao tempo da sua pena. "Arena" ganhou a Palma de Ouro para a curta-metragem no Festival de Cannes de 2009.
João Salaviza explica "Arena" em seis passos – vídeo
EUA, finais dos anos 60. Elliot Tiber (Jake Teichberg) vê-se em maus lençóis quando percebe que os seus pais estão à beira da falência e prestes a perderem o velho motel da família. Quando sabe que, numa cidade próxima, os habitantes fazem de tudo para frustrar os planos dos organizadores de um certo festival hippie, encontra aí a grande solução para o seu problema. Elliot decide arrendar para o evento o enorme espaço junto ao minúsculo motel. O que ele não poderia imaginar é que aquela decisão o iria tornar parte da história e que a sua pequena cidade se tornaria no centro do universo para as mais de 500 mil pessoas presentes. E depois, para o mundo...
Realizado por Ang Lee, o filme recria os factos reais que permitiram a realização do festival de Woodstock em 1969.
Sonho hippie
(por Luís Miguel Oliveira, Público, 16-09-2009)
Um Woodstock de "sonho", muito plastificado (até a lama parece limpinha) e muito estereotipado.
Depois de um interlúdio em solo natal ("Lust, Caution", rodado em Taiwan) Ang Lee voltou aos EUA para o seu primeiro filme americano pós-"Brokeback Mountain". O título não engana, "Taking Woodstock" refere-se mesmo ao apogeu "peace & love" dos "sixties" e ao concerto de que agora se assinala o quadragésimo aniversário. O argumento baseia-se no livro autobiográfico de Elliot Tiber, que em 1969 era um jovem e empreendedor filho de estalajadeiros da zona de Woodstock, e foi um elemento importante na cadeia organizativa do festival, mesmo sem perceber bem onde estava metido. O Tiber do filme, pelo menos na interpretação de Demetri Martin, atravessa "Taking Woodstock" como uma silhueta, no fundo, e apesar da sua acção é uma testemunha daquela avalanche de "contracultura" que ele observa com estranheza. Há um lado "sirkiano" em Ang Lee, na maneira como olha para os americanos e para as suas "imitações da vida", e sem dúvida que esse lado está presente em "Taking Woodstock", reflectido num ambiente e num acontecimento muito específicos. Até por isso, não custa ver no protagonista e na sua estranheza (muito "clean": é relutantemente que, perto do fim, lá experimenta a sua primeira pastilha de LSD) uma projecção do cineasta, um asiático (que tinha 15 anos em 1969) a filmar a sua distância, não importa quão simpática, para com os "sixties" americanos. A coisa mais interessante está mesmo aí, no corpo estranho que é Tiber (assim como boa parte dos colaboradores locais) dentro daquela agitação toda, e na maneira "lateral" como o festival vai sendo seguido - como um rumor, um eco, música ouvida ao longe (Janis Joplin, por exemplo), que nunca se chega a materializar. E quando se vê o palco, sempre de longe, é como "coisa sonhada", pontinhos de luz colorida recortados no céu nocturno, feérie irreal. Não por acaso, a seguir vem a cena do LSD.
Lee precisava de ser mais "sirkiano" (e ter também um lado vindo, digamos, de Tati) para ir além disto. A procura da reconstituição mimética (a peruca de Michael Lang, o organizador-mor, é inacreditável) soa mais a falso do que ao realismo desejado, mas OK, isto é mais teatro do que outra coisa. Só que o artifício se esgota em si próprio, numa agremiação de "tipos" sem profundidade (o "travesti" de Liev Schreiber, o traumatizado veterano do Vietname a cargo de Emile Hirsch), bonecos da contracultura, "marionetas de época" - se em mais do que um sentido Woodstock foi a sua própria caricatura (basta ver o documentário de Michael Wadleigh), Ang Lee simplifica-a, fazendo um "cartoon", um desenho animado. Acrítico (é o "fenómeno") e edificante, propriamente beato, ou não fosse, no fim de contas, mera rima para o processo "libertador" do protagonista. Consciente do seu Woodstock de "sonho", muito plastificado (até a lama parece limpinha) e muito estereotipado (aquele casal "hippie" da cena do LSD...), Ang Lee põe no final Michael Lang a falar do seu projecto seguinte, um festival na California com os Rolling Stones, obviamente Altamont. Ou alter-ego, o alter-ego assassino de Woodstock, a expressão da densidade e das contradições dos "sixties" americanos que aqui Ang Lee prefere ignorar em favor de uma visão beatífica.
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